Texto/Obra

O diário: livro interrompido

Publicado ou divulgado como

Comunicação publicada em anais de evento
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Evento

3. Seminario Internacional Politicas de la Memoria

Ano

2010

“Em qual tempo o homem vive?” Pergunta elaborada entre os textos de Metafísica da Juventude, escritos entre 1913 e 1914. Benjamin escreveu um texto chamado O Diário. Imagens que irrompem como relâmpagos no céu de nosso cérebro, um diário é dialético por constituir-se por si uma constelação, como Rua de Mão Única constitui uma constelação das imagens do pensamento que reivindica uma reversão no tempo acionada pela memória. Benjamin exercitará mais tarde a própria teoria quando escreve o Diário de Moscou, 1926-27. A proposta é cruzar esta escrita que, sendo pessoal, ao mesmo tempo inscreve-se como ficção pois “toda narração do passado é uma representação, algo dito no lugar de um fato” (B. Sarlo) . A rainha dos cárceres da Grécia (1976), do pernambucano Osman Lins, é o diário de um professor de ciências naturais que o escreve como crítica a um livro inédito de sua amante, morta num acidente. O diário configura um mapa das memórias deste narrador inominado e confuso. O diário, dobra do tempo no dia a dia da escrita, é tecido tramado com realidade, ficção e citações. Este simulacro de diário, compõe uma imagem representativa do problema da experiência, problematizado em Infância e História de Giorgio Agamben.

Autores e textos abordados

Autores ou personalidades estudados ou citados neste texto/obra
Textos/obras estudados ou citados

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